
Há algo intrinsecamente assustador no espaço profundo, no vazio silencioso que devora qualquer esperança de socorro. Desde Alien (1979), essa sensação de claustrofobia e isolamento tomou forma através dos corredores sujos do Nostromo. Décadas depois, a franquia ressuscita sua tensão primária com uma nova produção que mergulha direto nesse horror ancestral: Alien: Romulus. Esse retorno busca não apenas revisitar, mas revigorar o sentimento de estar perseguido por uma ameaça implacável que não oferece escapatória.
Um Interquel Respeitoso, Mas com Gosto Moderno
Ambientado 20 anos após os eventos de Alien e 37 anos antes de Aliens, o filme dirigido por Fede Álvarez (com roteiro coescrito por Rodo Sayagues) coloca jovens colonos espaciais diante de uma estação abandonada infestada por xenomorfos. Com produção de estúdios consagrados como Scott Free e Brandywine, e elenco liderado por Cailee Spaeny e David Jonsson, Romulus equilibra o respeito ao legado da série com um olhar contemporâneo para o terror.
Sobrevivência em Harmonia com o Horror
Rain (Cailee Spaeny), órfã e submetida a uma vida exaustiva nas minas da colônia Jackson’s Star, encontra seu único refúgio no sintético Andy (David Jonsson), habilitado a agir como irmão protetor. Quando a Weyland-Yutani prolonga seu contrato, uma fuga emergencial é arquitetada: roubar cápsulas criogênicas em uma misteriosa estação espacial dividida entre “Romulus” e “Remus”. No entanto, esse plano se transforma em uma luta visceral por sobrevivência, mergulhada em suspense e efeitos práticos de encolher pele.

Ambiente Tenso e Horror Tátil
Fede Álvarez aposta no horror visceral com cenários que parecem respirarem decadência: corredores escuros, laboratórios abandonados e ovos xenomorfos que exalam ameaça. A cinematografia de Galo Olivares dá textura física ao terror. E a trilha sonora de Benjamin Wallfisch une orquestra e elementos eletrônicos, reforçando a estranheza cósmica.
Conexão Humana em Meio ao Caos
O verdadeiro coração de Romulus reside no vínculo entre Rain e Andy. Spaeny constrói uma presença contida e determinada, enquanto Jonsson dá camadas emocionais complexas ao sintético, elevando o filme além de um simples splatter. Actor de apoio ajudam a sustentar a tensão, mas é essa relação que guia nossa empatia.
O ‘Offspring’: Uma Ameaça Diferente
A guinada mais ousada vem com o surgimento do “Offspring” — uma criatura híbrida fruto de um experimento com fluido genético, que cresce rapidamente até uma forma corpórea aberrante e imensa, capaz de desafiar qualquer descrição convencional de horror. Sua presença é chocante, visceral e deixa uma marca que ressoa mesmo após o fim dos créditos.
Recepção e Reconhecimento Técnico
Com uma arrecadação mundial de US$ 350,9 milhões e uma indicação ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, Alien: Romulus foi saudado como um retorno à forma, especialmente quando comparado aos prequels mais abstratos. O filme ganhou ainda o Saturn Award de Melhor Filme de Horror, além de prêmios em som, design de produção e efeitos visuais.
Elogios e Críticas: Um Equilíbrio Delicado
Embora muitos críticos elogiem o surto de horror bruto e a estética reminiscente dos clássicos, outros questionam a falta de inovação narrativa. O uso persistente de fan service e referências explícitas pode distrair, especialmente em momentos de CGI que destoam do restante dos efeitos práticos.
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A atmosfera opressiva e o constante sentimento de perigo em Alien: Romulus podem lembrar os fãs de outros títulos que exploram o suspense de forma intensa. Um bom exemplo é O Homem das Castanhas, onde a tensão se mantém até o último instante. Além disso, se você aprecia histórias que misturam terror e mistério, vale conhecer Invocação do Mal, uma obra que também sabe como envolver o público em um clima de puro medo.