
Se você acha que já viu todos os filmes de assalto possíveis, As Ladras, produção francesa da Netflix, mostra que ainda há espaço para inovação. Com uma mistura deliciosa de ação, comédia e amizade feminina, o longa conquista não apenas pelo ritmo acelerado e visual estilizado, mas principalmente pelas protagonistas carismáticas que fogem do estereótipo clássico do “criminoso genial”.
Dirigido e estrelado por Mélanie Laurent, o filme apresenta uma narrativa leve, cheia de estilo e com um toque de irreverência que faz toda a diferença. Ao lado de Adèle Exarchopoulos e Manon Bresch, ela comanda uma história que não se leva a sério o tempo todo, mas que ainda assim entrega cenas bem executadas e momentos marcantes.
Um Trio Improvável Que Dá Certo
A trama gira em torno de Carole (Laurent), uma ladra experiente que está cansada da vida de crimes e sonha com um recomeço. Junto com sua parceira Alex (Exarchopoulos), ela decide fazer um último grande roubo antes de abandonar o submundo de vez. Para isso, elas recrutam Sam (Bresch), uma jovem piloto de fuga talentosa e cheia de energia, que dá ao trio um toque de frescor.
As três personagens têm perfis muito diferentes, mas funcionam perfeitamente juntas. Carole atua como a mente calculista do grupo, enquanto Alex traz intensidade emocional e impulsividade, e Sam equilibra tudo com bom humor e ousadia. A química entre elas acontece de forma natural e dá ao filme uma camada de humanidade que muitos filmes de ação ignoram.
Uma Abordagem Leve e Divertida Do Gênero
Embora tenha cenas de perseguição, planos mirabolantes e adversários perigosos, As Ladras não foca apenas na tensão do crime. O filme abraça o humor, o exagero e o lado absurdo da vida de assaltantes com uma leveza que o diferencia de outros títulos do gênero.
A direção de Laurent valoriza os detalhes visuais, o uso da trilha sonora como elemento narrativo e a construção de cenas com personalidade. Tudo tem um toque cool, quase como um videoclipe com roteiro, mas sem perder a coesão da narrativa. Mesmo nos momentos mais sérios, o tom descontraído predomina e mantém o espectador envolvido.

Protagonismo Feminino Sem Estereótipos
O grande mérito de As Ladras está no modo como retrata suas protagonistas. As personagens não existem para agradar ninguém, tampouco pedem desculpas por serem quem são. Elas erram, brigam, têm dúvidas, mas agem com autonomia e determinação. Não há romantização da criminalidade, mas também não há punição moral simplista. Elas são complexas, reais e cativantes.
Esse olhar feminino sobre o mundo do crime é refrescante. Em vez de repetir fórmulas de filmes de ação liderados por homens, o longa explora a amizade, a lealdade e o afeto entre mulheres que escolheram caminhos pouco convencionais. E faz isso com leveza, sem precisar forçar discursos ou cair em clichês.
Ação Com Coração (E Um Pouco De Deboche)
As Ladras não quer ser um thriller tenso nem um manifesto feminista. Ele entrega entretenimento com qualidade, equilíbrio entre ação e emoção, e um toque de deboche muito bem-vindo. A narrativa flui com facilidade, os diálogos soam naturais e as situações inusitadas ajudam a manter o ritmo dinâmico até o fim.
Mesmo quem não costuma curtir filmes de ação pode se surpreender com essa abordagem menos agressiva e mais humana. O foco não está só no que as personagens fazem, mas no porquê, e isso aproxima o público delas, mesmo que estejam tecnicamente do lado “errado da lei”.
Vale o Play?
Sim, e com gosto. As Ladras é um daqueles filmes que você assiste num fim de semana despretensioso e acaba se envolvendo mais do que imaginava. Ele tem estilo, ritmo, personagens fortes e uma mensagem sutil sobre liberdade e reinvenção.
Se você busca um filme com protagonismo feminino forte, boas doses de ação, humor inteligente e uma produção europeia de qualidade, essa é uma excelente escolha.
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